Três anos volvidos, graças ao patrocínio da Câmara Municipal de Tabuaço que, verdade seja dita, não se tem poupado a esforços para engrandecer culturalmente o nosso concelho e enaltecer os seus ilustres filhos, Norberto Macedo pôde tornar pela segunda vez a Portugal, acabando por dar três recitais nas terras de Baco: o primeiro no dia 21 de Setembro, na quinta vinhateira do Panascal, à guisa de encerramento com chave de ouro do colóquio “Abel Botelho entre nós”; o segundo, no dia 22 do mesmo mês, na Biblioteca Municipal, a quando do lançamento do livro “Tabuaço Dour(o)ado – Cantata a dois” com que os autores (Ernesto Leandro e André Moa) fazendo jus às reminiscências da sua juventude, pretendem homenagear e exaltar a sua terra, o seu concelho, a sua região – a vila de Tabuaço, o concelho de Tabuaço, a região do Alto-Douro. Dias depois, na igreja matriz de Tabuaço, Norberto Macedo efectuou um terceiro recital. Esteve ainda previsto um quarto para a Igreja Matriz de Barcos, acabando por não se realizar devido à falta da necessária coordenação entre as entidades envolvidas nos eventos das festas de Barcos, aldeia vinhateira. Com a necessária programação e uma adequada publicitação, outros recitais poderiam ter ocorrido, para regalo de muita mais gente. O ser época das vindimas e a simultaneidade de muitos outros afazeres, nomeadamente de cariz cultural, como o já referido colóquio sobre Abel Botelho e a Festa das vindimais (realizada com brilhantismo e profunda significação na aprazível zona da confluência do rio Távora com o rio Douro) constituirão certamente fortes atenuantes para o parcial desaproveitamento da estada de Norberto Macedo entre nós. O óptimo é inimigo do bom, mas bem bom quando o bom acontece. E aconteceu. A vinda de Norberto Macedo constituiu um marco no desenvolvimento cultural de Tabuaço. Deixou sementes em muitos corações e muitas mentes e o próprio Norberto Macedo sentiu e reflectiu sobre as sementes que espalhou e viu outros espalhar no chão ávido de cultura destas paragens. Tanto que está na disposição de se radicar na sua terra de origem e aqui ficar à disposição das Câmaras Municipais da região e (ou) de instituições culturais da região, propondo-se ensinar as camadas jovens e demais interessados, por forma a poderem surgir grupos de violas com saber e sensibilidade que possam engrandecer o bom nome das nossas queridas terras durienses e, ao mesmo tempo, servirem de pólo de atracção e distracção para os turistas que num futuro próximo nos possam visitar.
Marcadores: Norberto Macedo em Portugal
1 Comentários:
Às 8 de outubro de 2007 às 03:37 , Anônimo disse...
Que paisagens...
Dad, tens sem dúvida um coração de "xisto"...
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