ESTA É A CANÇÃO QUE EU COMPUS PARA O PROJECTO - O ESPIRITO DAS ÁGUAS E QUE DEVERÁ SER CANTADA POR UMA SOPRANO BRASILEIRA, MAS AQUI FICA A MOSTRA, APESAR DA MINHA VOZ, DE BAIXO, SER BASTANTE DIFERENTE.

-----------------NORBERTO MACEDO-----------------

Este é o meu blog pessoal, onde pretendo dar informações sobre a minha actividade profissional como professor e como concertista que sou. A todos os visitantes, o meu muito obrigado e serão sempre bem vindos!

SEJAM MUITO BEM VINDOS AO MEU BLOG ONDE PROCURAREI PARTILHAR CONVOSCO ALGUMAS COISAS DA MINHA VIDA ARTÍSTICA--------MUITO OBRIGADO PELA VOSSA VISITA!----- UM ABRAÇO,------NORBERTO MACEDO

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Crónica sobre a visita de Norberto Macedo a Portugal



NORBERTO MACEDO ENTRE NÓS



Norberto Macedo, nasceu em 1939 no concelho de Tabuaço, freguesia de Barcos, aldeia vinhateira do Douro. Cedo se viu arrancado ao crescer no seu rincão natal. Emigrou com a família para o Brasil em 1952, tendo chegado ao Rio de Janeiro no dia 5 de Dezembro, dia do seu aniversário. Com 13 anos de idade, teve que fazer e lutar pela vida. Empregou-se no comércio, mas a sua apetência e atracção pela arte dos sons levou-o a estudar e a dedicar-se inteiramente à música e ao violão, o instrumento que desde logo escolheu para transmitir as suas emoções, sentimentos e sonhos. Apesar de contrariado pelos familiares, não desistiu do seu intento, do forte apelo que desde muito novo o impulsionava, acabando por se impor no riquíssimo e exigente ambiente musical brasileiro quer como compositor quer como intérprete. Várias gerações beneficiaram e continuam a beneficiar do seu saber, da sua pedagogia, do gosto que empresta em transmitir o seu virtuosismo a quem o solicita como professor de violão, ao longo de quatro décadas.
Cinquenta e dois anos depois, Norberto Macedo teve o ensejo de visitar a sua terra natal, o seu pátrio Douro, e de mostrar toda a sua arte musical. Desde logo conquistou aplausos e simpatia, mercê das suas qualidades artísticas e humanas.
Três anos volvidos, graças ao patrocínio da Câmara Municipal de Tabuaço que, verdade seja dita, não se tem poupado a esforços para engrandecer culturalmente o nosso concelho e enaltecer os seus ilustres filhos, Norberto Macedo pôde tornar pela segunda vez a Portugal, acabando por dar três recitais nas terras de Baco: o primeiro no dia 21 de Setembro, na quinta vinhateira do Panascal, à guisa de encerramento com chave de ouro do colóquio “Abel Botelho entre nós”; o segundo, no dia 22 do mesmo mês, na Biblioteca Municipal, a quando do lançamento do livro “Tabuaço Dour(o)ado – Cantata a dois” com que os autores (Ernesto Leandro e André Moa) fazendo jus às reminiscências da sua juventude, pretendem homenagear e exaltar a sua terra, o seu concelho, a sua região – a vila de Tabuaço, o concelho de Tabuaço, a região do Alto-Douro. Dias depois, na igreja matriz de Tabuaço, Norberto Macedo efectuou um terceiro recital. Esteve ainda previsto um quarto para a Igreja Matriz de Barcos, acabando por não se realizar devido à falta da necessária coordenação entre as entidades envolvidas nos eventos das festas de Barcos, aldeia vinhateira. Com a necessária programação e uma adequada publicitação, outros recitais poderiam ter ocorrido, para regalo de muita mais gente. O ser época das vindimas e a simultaneidade de muitos outros afazeres, nomeadamente de cariz cultural, como o já referido colóquio sobre Abel Botelho e a Festa das vindimais (realizada com brilhantismo e profunda significação na aprazível zona da confluência do rio Távora com o rio Douro) constituirão certamente fortes atenuantes para o parcial desaproveitamento da estada de Norberto Macedo entre nós. O óptimo é inimigo do bom, mas bem bom quando o bom acontece. E aconteceu. A vinda de Norberto Macedo constituiu um marco no desenvolvimento cultural de Tabuaço. Deixou sementes em muitos corações e muitas mentes e o próprio Norberto Macedo sentiu e reflectiu sobre as sementes que espalhou e viu outros espalhar no chão ávido de cultura destas paragens. Tanto que está na disposição de se radicar na sua terra de origem e aqui ficar à disposição das Câmaras Municipais da região e (ou) de instituições culturais da região, propondo-se ensinar as camadas jovens e demais interessados, por forma a poderem surgir grupos de violas com saber e sensibilidade que possam engrandecer o bom nome das nossas queridas terras durienses e, ao mesmo tempo, servirem de pólo de atracção e distracção para os turistas que num futuro próximo nos possam visitar.
Norberto Macedo deu ainda três recitais em Lisboa nos passados dias 25, 26 e 31 de Outubro, sendo o primeiro integrado num congresso da Associação Nacional dos Centros de Cultura e Desporto. Os restantes dois – um no Museu da Água – Reservatório da Patriarcal; outro no Centro Cultural Casapiano – foram precedidos da apresentação do livro “TABUAÇO DOUR(O)ADO”.
No dia 2 de Novembro deslocou-se a Évora para dois recitais na BE/CRE da EBI André de Resende – um dedicado aos jovens e outro aos adultos.
Norberto Macedo regressou esta manhã ao Brasil, onde o aguardam, ansiosos, familiares e alunos. Partiu saudoso e com vontade de voltar, se e logo que possível. “Que volte cedo e bem!”. São os votos deste seu admirador e incondicional amigo.
Norberto Macedo – o artista e o homem – bem merece a minha admiração e a minha amizade. Tal como a admiração e a amizade de quem já teve o privilégio de o ouvir e de com ele conviver, de se regalar com a magia da sua arte e de conhecer de perto o coração generoso e a alma simples, franca, aberta, enriquecedora que ele possui, como só os grandes homens possuem.



Lisboa, 4 de Novembro de 2007


André Moa

3 Comentários:

  • Às 7 de novembro de 2007 às 05:48 , Blogger Dad disse...

    Compartilho a mensagem que recebi do João Cândido Portinari:

    "Querida Dad
    Muito obrigado, Dad, pela carinhosa mensagem! Maria e eu ficamos com água na boca de estar aí com você e Norberto. Fico muito feliz em ver que a especialíssima natureza do Norberto, tanto como grande artista quanto como maravilhosa pessoa humana, seja reconhecida como ele merece. Temos sentido muitas saudades dele e de nosso encontro das 5as feiras. Espero que um dia você venha nos alegrar e honrar com a sua estimada presença em nossas “noites de violão”...É só você dizer e reservaremos os seus aposentos aqui em casa.

    Por favor transmita ao Norberto nossa grande saudade e nossos votos para que essa temporada nessa Portugal tão querida seja de muita emoção e sucesso. Tivemos um grande repórter, o David Nasser, que certa vez escreveu um livro, cujo título era “Portugal, meu avozinho”, o que traduz o grande amor que nós brasileiros nutrimos por essa grande pátria. Fui outro dia à inauguração da exposição “LUSA”, criação do meu amigo Marcello Dantas, outro grande artista e designer de museus e exposições. O tema era Portugal nos seus primórdios, muito antes da Escola de Sagres. Maravilhosa exposição! Espero que ela vá um dia a Portugal...

    Com o grande e afetuoso abraço do

    João Candido"

     
  • Às 14 de abril de 2008 às 12:01 , Anonymous Anônimo disse...

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